13 de set. de 2013

A sexta-feira 13, as mentes atrofiadas e os espíritos sebosos

Ligaram para mim agora há pouco de uma rádio (esqueci de perguntar qual, meu cérebro não funciona a contento pela manhã) para me entrevistar sobre o significado da sexta-feira 13. Mandei a letra: a diferença entre superstição e esoterismo é que o esoterismo se baseia na observação dos símbolos e das "coincidências" a eles relacionadas para construir teses e desenvolver métodos. Já a superstição é apenas uma visão histérica, ignorante e fanática dos símbolos. A origem dessa idiotice segundo a qual o número 13 seria um número de azar remete à lenda da Santa Ceia, na qual haveria 13 à mesa, sendo um deles um traidor, Judas, e outro um líder espiritual que foi traído e morto, Jesus. Pronto! Basta isso para mentes atrofiadas e espíritos sebosos em geral concluírem "brilhantemente" que tudo que leva o número 13 é do mal, dá azar etc. Baboseira do mesmo nível que atribuir "más energias" a gatos pretos (meu pretíssimo gato Hermes é um dos amores da minha vida que conto nos dedos das mãos, é uma das pessoas --sim, pessoas-- mais importantes da minha vida e só me deu sorte), tudo porque outras mentes sebosas e espíritos atrofiados (ou seria o contrário?) associavam as gloriosas e heróicas bruxas e "bruxas" da Idade Média a esses belíssimos felinos. A verdade é bem o contrário: as bruxas e "bruxas" eram todas o máximo, proto-feministas de um tempo em que o mundo era ainda mais ignorante do que hoje em dia. Em suma: me poupem. APENAS me poupem.